Ivan de Lima Nalevaiko, preso em flagrante na última segunda-feira (9) por ter feito a ex-mulher e a filha, de três anos, reféns em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, foi encontrado morto na cela da delegacia. O suspeito tinha 39 anos e morreu no dia em que foi preso, após manter a família em cárcere privado por mais de 10 horas, no bairro Vargem Grande.

Procuradas pela Banda B, a Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR) e a Polícia Civil informaram, por meio de nota, que Ivan foi encontrado morto na cela por volta das 17h30 por um policial. Ele estava sozinho no cubículo.
Segundo os órgãos, não há indícios de crime na morte do suspeito. “Até o momento, não há indícios de crime ou de envolvimento de terceiros. A PR aguarda os laudos periciais para a conclusão do inquérito”, dizem a pasta e a corporação.
A Polícia Civil suspeita que Ivan de Lima tenha atentado contra a própria vida.
Ex-mulher e filha reféns
Ivan de Lima manteve a ex-mulher e a filha, de três anos, reféns foi mais de dez horas, entre o último domingo (8) e segunda-feira (9), em Pinhais. Ele se entregou após negociação conduzida pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar.
Segundo o comandante do 29° Batalhão da PM, tenente-coronel Murbach, a liberação das vítimas foi feita sem a necessidade de entrada forçada na casa. Mãe e filha não ficaram feridas durante a ação, segundo a corporação.

“As equipes do Bope concluíram a etapa de negociação e efetivaram a liberação da criança e da mulher, as quais estão sob cuidados médicos. O cidadão foi imobilizado, detido e serão tomadas as providências judiciárias em relação ao mesmo”, disse.
As vítimas foram libertadas logo após a chegada do advogado do suspeito, segundo apurou a Banda B. Ele jogou combustível na casa e ameaçou atear fogo no imóvel. Além disso, teria sinalizado que se entregaria e, segundo a PM, afirmou que gostaria de trocar de roupa antes de sair da casa.
Para dificultar o o dos policiais, o agressor usou colchões e geladeira para bloquear portas e janelas. A mãe e a criança foram atendidas por equipes médicas e am bem. O homem também recebeu atendimento médico e, em seguida, foi encaminhado à delegacia.
De acordo com o tenente-coronel Murbach, o Ivan tinha histórico de violência doméstica, com agens pela Lei Maria da Penha. Além disso, a mulher possuía uma medida protetiva contra ele.