No último dia 25 de maio, Samir Xaud foi eleito presidente da CBF pelos próximos quatro anos, em uma eleição que colocou praticamente clubes e federações em lados opostos. A favor de Xaud, 25 federações e dez clubes, enquanto 29 times e as federações de São Paulo e do Mato Grosso tinham outro candidato favorito.
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E neste jogo de bastidores a Federação Paranaense de Futebol (FPF) esteve no caminho oposto ao de Athletico, Coritiba e Operário. Algo que o presidente da FPF, Hélio Cury Filho, não vê como um problema e nem como uma briga entre as partes.
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“Em nenhum momento a Federação esteve contra os clubes, assim como não acredito que os clubes estiveram contra. Mas tivemos que tomar um caminho oposto neste momento, por entendermos que o nome do Samir neste momento era o ideal para mudar o futebol brasileiro”, explicou, em entrevista à rádio Banda B.
“Não entendemos o não apoio”
No entanto, Cury Filho ressaltou que viu como estranheza o fato de a maioria das equipes optarem por apoiar o presidente da Federação Paulista, Reinaldo Carneiro Bastos, que não seguia o que os clubes haviam pedido anteriormente.
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“A gente chega com um nome totalmente novo, muito preparado, que já chegou democratizando e descentralizando a CBF. E aí não entendemos o não apoio. O Reinaldo é muito meu amigo, nos ensina muito até hoje, mas basicamente seria continuar mais do mesmo. Não queríamos uma revolução no futebol brasileiro? Então vamos deixar o pessoal mais novo fazer isso”, afirmou o dirigente.
Desgaste com Ednaldo fez entidades mudarem de ideia
Antes da eleição de Samir Xaud, Ednaldo Rodrigues havia sido reeleito presidente da CBF em março, com 100% dos votos, tanto de clubes, quanto das federações. Porém, dois meses depois o discurso de todas as partes mudou e o nome que agradava de repente virou um problema e o pedido por renovação.
Segundo Hélio Cury Filho, o que aconteceu foi que algumas decisões do antigo mandatário já incomodavam, mas que houve a promessa de mudança, o que não ocorreu no início da nova gestão. Diante do afastamento do então presidente, por um decisão da Justiça, a alternativa foi seguir com uma linha nova, que surgiu através de conversas em um aplicativo de mensagens.
“Já havia um pequeno desgaste com o Ednaldo. Ele foi um bom presidente, mas o problema era a centralização das decisões e a comunicação. Conversamos com ele antes das eleições, pedimos para descentralizar as coisas e ele falou que ia mudar, mas não mudou. Isso gerou um desgaste maior, quando veio a situação da Justiça, existia um grupo pequeno jovem, do qual eu faço parte, que era um grupo de whatsapp e a eleição do Samir se iniciou ali”, finalizou o presidente da FPF.
