O Athletico perdeu a primeira chance de garantir a permanência na Série A do Campeonato Brasileiro ao empatar domingo (1) com o Fluminense na Ligga Arena. Apesar disso, a situação ainda é confortável. Afinal, o Furacão depende apenas de si para se garantir, o que pode acontecer com uma vitória simples sobre o Bragantino na quinta-feira (5), também na Baixada. E essa possibilidade só existe porque o “pacto” fez efeito.
A reaproximação entre clube e torcida, promovida através da campanha de marketing do “pacto” e pela redução significativa do preço dos ingressos, está sendo bem-sucedida. Além do aumento na média de público – nas últimas quatro partidas em casa a média é de 40 mil pessoas -, a reação da torcida vem mudando. Mesmo diante de uma atuação irregular como a de domingo com o Fluminense os torcedores aplaudiram o Athletico após o apito final.
Mas é no campo que o “pacto” teve maior impacto, com o perdão do trocadilho. Quando a campanha foi lançada, o Athletico estava com aproveitamento de apenas 35,6%, somando 31 dos 87 pontos disputados até então em 29 rodadas. Nos últimos sete jogos, o rendimento melhorou, somando 11 de 21 pontos, um aproveitamento de 52,4%. Na soma geral, o crescimento parece pouco (para 38,5%), mas o suficiente para tirar o Furacão da ZR e permitir a fuga antecipada em uma rodada.
Athletico em casa
Mas quando se olha o rendimento dentro da Ligga Arena, o “pacto” ganha mais força. Dentro da série citada acima, estão o empate com o Bahia e a derrota para o São Paulo, os jogos fora de casa desta sequência. Desta forma, o aproveitamento em casa do Athletico nos últimos cinco jogos é de 73,3% (três vitórias, um empate e uma derrota), número decisivo nesta luta para escapar do rebaixamento. Ainda mais em um ano em que o Furacão tem a quinta pior campanha como mandante.
E ao se comparar com o aproveitamento do Athletico antes desta arrancada, o choque é maior. Nas 13 partidas anteriores ao “pacto”, foram quinze pontos somados em 39 jogados (quatro vitórias, três empates e sete derrotas), um rendimento de 38,5%, o pior do Furacão desde a inauguração da Arena da Baixada em 1999. “É o futebol. Somos um grupo muito unido, que ou por muitas situações nesta temporada, e não tenho dúvidas que na quinta-feira vamos conseguir um resultado positivo”, disse o técnico Lucho González.
