O presidente do Paraná Clube, Rubens Ferreira e Silva, o Rubão, teve mais um recurso negado pela Justiça contra uma punição de R$ 18,7 mil, esta fruto de supostos desvios das contas destinadas ao pagamento de credores do Tricolor. Como pessoa física, o cartola pode ter os seus bens penhorados.
A decisão partiu da juíza Marli Gomes Gonçalves, do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região. A magistrada era a responsável pelo Ato Trabalhista, que chegou ao fim tão logo teve início o trâmite da recuperação judicial paranista, e já havia negado outro recurso, no dia 22 de agosto, o mandatário tricolor.
- Valor de penhora pagou salários e alimentação do Paraná na Série D
- Organizada do Paraná detona diretoria: “Clube com quem nos pôs no buraco mais fundo de todos”
“Denego seguimento ao recurso interposto, pois ausentes ospressupostos de issibilidade (…) Citação para pagar ou garantir a execução. O despacho ordinatório que inclui pessoa física ou jurídica no pólo ivo e determina sua citação para pagar ou garantir a execução, sob pena de penhora, não comporta agravo de petição, que só pode ser interposto da decisão que solver embargos à execução, após a citação e garantia do juízo”, redigiu a juíza em sua decisão.
Por não ter transitado em julgado, a decisão ainda pode ser contestada por Rubão e seus advogados.
Entenda o caso
A magistrada do TRT também foi a mesma que determinou a multa de R$ 18.701,98 a Rubão, este penalizado por ser o “ judicial na centralização de execuções em face do Paraná Clube”.
A situação se deu por conta da ausência dos depósitos na conta judicial do agora extinto Ato Trabalhista, por parte de três empresas com vínculos de parceria com o Tricolor – Park Show Estacionamento Ltda., Youtop Marketing Digital e Desenvolvimento Ltda., e Bebidas Tissot Ltda.
- Goleiro Felipe renova com o Paraná Clube, mas jogará Campeonato Candango; entenda
- Polícia Civil não pôde ouvir militares envolvidos na morte de Maurinho, diz delegado
Em juízo, todas elas esclareceram que suspenderam os depósitos em prol de outra conta, indicada pela atual diretoria tricolor, o que teria, de acordo com a juíza, burlado “por má-fé” o acordo judicial que até então centralizava o pagamento de credores paranistas.
No momento, as dívidas do Paraná estão sendo todas centralizadas no plano de recuperação judicial, que deve em breve ter publicado o seu edital com a lista completa de credores, débitos e da Assembleia Geral, que será mais um o importante para o Paraná colocar as suas contas e operações em dia.
