O presidente Rubens Ferreira Silva disse que a recuperação judicial foi necessária diante das crises financeiras e esportivas vividas pelo Paraná Clube. A decisão foi deferida pela Justiça no dia 12 de julho, após o pedido do clube para ter um plano de pagamento de dívidas e determinou um prazo de até dois meses para ser apresentado um plano de recuperação.
Em entrevista coletiva nesta segunda (15), Rubão disse que a medida ‘não foi um capricho’ e, sim, a única alternativa para manter os pagamentos em dia e permitir o andamento da temporada. judicial, o presidente comentou que foi multado e precisará tirar dinheiro do próprio bolso.
“As pessoas acham que a recuperação judicial foi simplesmente um capricho dessa diretoria. Mas, não. Se o clube chegou a esse ponto foi porque só tinha essa alternativa. Nós tivemos problemas no ato trabalhista e se não tivéssemos adotado uma medida que legalmente seria melhor, o clube não teria pago as folhas dos meses de maio e junho. Então teríamos parado no meio do caminho, sem recurso.”
“Eu, como judicial, fui multado e vou ter que pagar do meu bolso, mas se eu não tomo um atitude dessa, a gente nem teria como chegar até aqui. Foi uma atitude que pessoas da própria diretoria achavam que eu não deveria ter feito, mas estavam preocupados comigo. Eu digo para vocês: a partir do momento que eu fui contemplado na eleição, eu não estou aqui para pensar em interesse financeiro nenhum, pois eu tiro dinheiro do bolso para colocar dentro do clube (…)”, disse o presidente.
- Presidente Rubão analisa futuro do Paraná, cita apoio a Copa Sul-Minas e destaca a base
- “O Paraná vai sobreviver”, diz Omar Feitosa após eliminação do Tricolor
SAF
O presidente também abordou a Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Paraná Clube, constituída em janeiro deste ano como forma de amenizar as dificuldades financeiras. Segundo ele, existem conversas com grupos que demostraram interesse em entrar na organização, mas que há um termo de confidencialidade que impede que nomes sejam revelados.
“Para que pudesse ter uma recuperação judicial, obrigatoriamente teria que ser constituído uma SAF. Então foi constituída uma SAF e quem quiser entrar é uma organização. E agora estamos conversando com grupos interessados. Todos os grupos que manifestaram interesse, não existiu nenhuma conversa sem que houvesse um termo de confidencialidade, porque protege tanto o clube quanto as outras partes envolvidas. Então, temos conversas, algumas tratativas mais avançadas, mas, como vocês sabem, seria muito melhor uma SAF de valuation com o clube na Série C”, afirmou.
