O caso de um cão da raça Spitz Alemão, chamado Eros, gerou indignação e tristeza em Praia Grande, no litoral de São Paulo, após o animal morrer depois de uma sessão de banho e tosa em um petshop local. O fato ocorreu há mais de 20 dias e, até o momento, a empresa responsável pelo atendimento não se manifestou ou entrou em contato com os tutores do animal.
Eros, que tinha apenas três anos, chegou à família de Jefferson e Rosa em um momento difícil, segundo relataram ao Balanço Geral. A presença do cãozinho foi fundamental para ajudar os tutores a enfrentarem a perda da mãe de Rosa, que estava doente. “O Eros foi um presente pra nós. Ele chegou no momento em que eu estava com a minha mãe já bem adoecida, que eu perdi também. E o Eros veio aonde ele mudou tudo, onde eu estava entrando numa depressão… Ele que me tirou”, contou Rosa, abalada.
Segundo os donos, Eros era saudável e sempre foi bem cuidado. No entanto, durante uma visita rotineira ao petshop, onde o animal já era cliente, algo deu errado. Jefferson e Rosa estavam presentes durante todo o procedimento de banho e tosa. Quando receberam o cãozinho de volta das mãos do tosador, perceberam que algo estava errado: ele estava com a respiração ofegante, visivelmente exausto e sem conseguir se manter em pé.
“Ele estava com uma respiração ofegante, bem exausto. Eu questionei de imediato o tosador e aí simplesmente ele pegou e falou: ‘Ah, é por conta do cansaço do banho'”, relembrou Jefferson.
Um relatório elaborado pela profissional que atendeu Eros no local confirma que o cão ou mal após o banho e tosa, apresentando taquipneia (respiração acelerada), temperatura corporal acima de 42ºC — indicativa de hipertermia — e outros sinais de mal-estar, como desorientação. Apesar de ser medicado no local, Eros foi encaminhado com urgência para um hospital veterinário.
No hospital, os sintomas pioraram. Eros teve diarreia, ou a receber oxigênio e antitérmicos, e foi submetido a exames de imagem. Durante a madrugada, o quadro se agravou, com o animal apresentando convulsões e sangramentos retal. O quadro evoluiu para uma parada cardiorrespiratória e, apesar das tentativas de reanimação, Eros não resistiu.
“Eu questionei o que poderia estar acontecendo com o Eros. Ela simplesmente informou que era um quadro muito grave, que ele poderia vir a óbito, sim, e que nosso animalzinho… Ela usou a seguinte expressão: ‘Ele foi basicamente torrado'”, acrescentou Jefferson, que ainda aguarda uma resposta sobre o ocorrido.
Após a morte de Eros, a família procurou a empresa responsável pelo banho e tosa, mas, até o momento, não obteve qualquer resposta.
