Após aproximadamente 10 horas de depoimentos, todas as testemunhas do júri do caso Daniel foram ouvidas. Por volta das 20h desta segunda-feira (18), começou a fase de interrogatório dos réus. A primeira envolvida no crime a ser ouvida pelos jurados é Cristiana Brittes.

No total, 13 pessoas prestaram seus depoimentos. Na primeira fase, falaram as testemunhas sigilosas, que seriam quatro. Seriam, porque apenas duas foram ouvidas e as outras duas acabaram dispensadas.
O julgamento ocorre no Fórum de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), mesma cidade onde o crime aconteceu, em 2018.
Testemunhas
Amigo da família Brittes, Antônio Ribeiro de Araújo foi uma das testemunhas ouvidas. Ele disse que nunca presencionou nenhuma conduta ilícita da família e que nunca incomodaram a vizinhança com suas festas.
Polini Mattos Dornellas, amiga da Allana Brittes, também afirmou que nunca presenciou nada fora da lei na casa dos Brittes e que Allana sempre falava de Edison como um bom pai.

Outra testemunha da defesa ouvida pelos jurados foi Thays Maria Farias, prima da Cristiana. Ela se tornou amiga de Allana e namorava na época Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, outro envolvido no crime.
No dia do assassinato de Daniel, ela disse que o primeiro contato com o jogador foi “péssimo” e “inconveniente”. Ele teria dado em cima dela, mesmo sabendo que ela tinha namorado.
Na casa dos Brittes, Thays disse ter ouvido Cristiana pedindo que parassem de bater em Daniel.
“Eles bateram no Daniel, eu me lembro, e eu fiquei mais na sala, porque a Cris estava em choque e estávamos todas em choque. Perguntei o que estava acontecendo e disseram que ele tinha tentado estuprar a Cris. Ela queria que separassem a briga, por isso que ela foi chamar a gente, eu e o Eduardo. Ela queria que parassem de bater nele”, contou.
Pai de família
Uma prima de Edison Brittes, Vanessa Regina Brittes de Paula, afirmou que o réu era uma pessoa carinhosa, trabalhador e um “super pai de família” para todos.
O irmão de Edison, Michel Ferreira dos Santos, também defendeu a tese de que o réu confesso era alguém muito preocupado com a família e negou saber do envolvimento dele com qualquer coisa fora da lei.
Marcelo Fonseca Guerra, que na época dos fatos trabalhava na casa noturna onde aconteceu a festa de aniversário de Allana, foi mais uma testemunha ouvida. Segundo ele, a consumação na festa teria ado dos R$ 3 mil.
Quatro mulheres e três homens vão decidir se os sete réus são culpados. Os sete jurados foram escolhidos por meio de sorteio dentre 160 pessoas convocadas. São quatro mulheres jovens, um homem jovem, um homem de meia idade e um idoso.