Pais e mães de alunos da Escola Municipal Jardim Graziela, em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba, estão na bronca com o poder público por conta do descaso com a instituição.
Os pais relatam que a escola está com “esgoto a céu aberto, mato alto no parquinho e rachaduras na estrutura”.
“A situação da escola está deplorável. As crianças não têm direito a educação física. A escola está toda rachada. Tem rachadura pela escola inteira. Há ferrugem por armários. Entram cachorros de rua com sarna na escola. Já ouvi relatos que as crianças não têm nem papel higiênico nos banheiros. São muitos problemas na escola. Nós reunimos alguns pais para cobrar os responsáveis. É uma tragédia anunciada”, disse Pamela Priscila Floriano, mãe de um aluno, à Banda B.
Ela relata ainda a falta de segurança na escola. “Às vezes o portão da entrada é encostado com uma pedra. Qualquer um entra. Qualquer um pode pular o muro da escola. Não é só uma questão de estrutura da escola, é o geral”, lamenta a mãe.
Uma outra mãe de aluno destacou que desde o início do ano, os pais já verificaram que a escola estava “largada”. “Os alunos não podem brincar no parquinho, não têm o à cancha, pois têm várias rachaduras. As crianças estão correndo risco lá dentro”, reclama Isabela Cortes.
“Não é todo dia que tem gente recebendo as crianças no portão. Se chega alguma pessoa má intencionada, pega uma criança, leva embora e ninguém vê”, completa.
Prefeitura de Almirante Tamandaré responde sobre denúncias
Em nota, a Prefeitura de Almirante Tamandaré, por meio da Secretaria Municipal de Educação, respondeu os pontos questionados pelos pais dos alunos e ressaltou que já foram protocolados pedidos para que os casos sejam solucionados. Confira a nota abaixo:
A Prefeitura Municipal de Almirante Tamandaré, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), vem a público esclarecer as recentes denúncias sobre as condições da estrutura física da Unidade Educacional Escola Municipal Jardim Graziela.
Em relação aos apontamentos citados sobre o prédio, informamos que o “esgoto” mencionado na denúncia trata-se, na verdade, de uma nascente, conforme o Parecer Técnico nº 20241211-003 Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura – SMOI, elaborado pela engenheira responsável da Prefeitura.
Quanto às rachaduras nas paredes e no teto da unidade educacional, foi solicitada uma nova visita técnica dos engenheiros da Prefeitura, conforme protocolo nº 0018.000006313/2024.
Adicionalmente, foram protocolados os números 0018.000010621/2024 e 0018.000010498/2024 para análise do muro que faz divisa com a propriedade vizinha. O parecer técnico nº 20250317-001 SMOI recomenda a realização de intervenções no referido muro, para o qual já foi feito levantamento de custo. Cabe destacar que o muro pertence à vizinha da unidade educacional, onde a mesma já foi notificada, sendo, portanto, de sua competência a realização da manutenção. Contudo, visando à segurança dos educandos, a Prefeitura, por meio da SME e SMOI tomará as providências necessárias para a execução da obra, seguindo os trâmites legais.
No que diz respeito à roçada na unidade educacional, informamos que tal atividade já consta no cronograma das equipes responsáveis, que atendem todos os prédios públicos municipais.
Em relação às fechaduras e armários com sinais de ferrugem, esclarecemos que pequenas manutenções ou aquisição de novos itens podem ser adquiridos em parceria com o Conselho Escolar e a APMF, sendo esses colegiados que fazem a gestão dos recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), de acordo com as necessidades da unidade educacional seguindo um plano de aplicação financeira.
Reforçamos nosso compromisso com a melhoria contínua da infraestrutura das escolas municipais e com o segurança dos educandos.
