Incêndio destrói empresa de madeira e revolta moradores em Piraquara: ‘Fumaça tóxica foi para o bairro’

Um incêndio em uma empresa de madeira destruiu um barracão e mobilizou várias equipes do Corpo de Bombeiros na noite desta terça-feira (19) em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Segundo os bombeiros, a empresa não possuía sistema de hidrantes. Moradores relataram que já haviam reclamado e se preocupavam com a possibilidade de incêndio.

A empresa fica na Rua Pastor Adolfo Weidmann, no bairro Guarituba. Não se sabe como o fogo começou, mas o incêndio tomou conta de um barracão onde ficava a produção de pallets de madeira, atingido também o equipamento de secagem e tratamento.

Conforme o relatório dos bombeiros, no interior da empresa não havia sistema de hidrantes e a tentativa de conter o fogo com um extintor falhou, pois não foi suficiente. Ao todo, sete equipes dos bombeiros foram acionadas, e os vizinhos precisaram ser retirados do local para evitar que algo pior pudesse acontecer. 

Após o controle da parte maior do fogo, os bombeiros conseguiram verificar a estabilidade da estrutura e abriram buracos no prédio para que o combate aos focos do incêndio fosse mais efetivo.

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Em paralelo, com o uso de uma empilhadeira, cedida pelo proprietário da edificação, foram removidos os combustíveis que estavam no interior do imóvel. Em seguida, também foram removidos os pallets do foco.

Moradores na bronca

No local do incêndio, os moradores estavam revoltados com o incêndio. Um deles contou à Banda B os motivos, e disse que todos os vizinhos encaram a empresa como uma “bomba relógio” ao lado de casa.

“O pior de tudo é que mexe com madeira, que é tratada com produto químico para não dar cupim, que é muito forte. Agora pegou fogo e a fumaça tóxica foi para o bairro, as pessoas respirando essa fumaça tóxica”

disse Celso Rocha, morador vizinho à empresa.

Segundo Celso, os moradores já tentaram, de diversas maneiras, fazer com que a empresa seja colocada em outro local. Mas nada surtiu efeito.

“Já foi feito abaixo assinado por parte dos moradores, denúncias pela ouvidoria e pessoalmente contra a empresa. Aqui, pela lei de zoneamento, e pelo código de postura do município, não deveria estar essa empresa instalada. Ela deveria estar em outro lugar”. 

contou o vizinho da empresa.

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Agora, com o incêndio, a busca é por uma solução. Celso disse que vai buscar respostas da Prefeitura de Piraquara.

“Quem liberou o alvará para a Prefeitura de Piraquara deixar essa empresa aqui? Isso foi o ápice da coisa, um incêndio. E as casas dos moradores no entorno, como é que fica? Um erro muito grande que está acontecendo. Pedimos providências para a prefeitura que não deixe continuar essa empresa aqui, pois é o máximo erro”.

desabafou Celso Rocha, morador vizinho à empresa.

O que dizem empresa e prefeitura?

A reportagem da Banda B tenta contato com a empresa. O espaço está aberto.

Procuramos também a Prefeitura de Piraquara, que informou que a empresa atualmente possui alvará de funcionamento 2023 de escritório para contato. A prefeitura esclareceu ainda que o ramo de atividade não é ível de licenciamento municipal, conforme Portaria CEMA 124/2023, sendo de responsabilidade do Instituto Água e Terra – IAT.

Ainda conforme a prefeitura, no local não existe restrição da atividade por conta do zoneamento.